Thimethylaminuria é uma desordem metabólica rara que causa um defeito em uma determinada enzima que quebra a trimetilamina. Quem sofre da doença começa a liberar o composto através de seu suor, urina e outros fluidos corporais. O resultado? Um persistente odor que lembra peixe podre. A má notícia? A doença é incurável. A boa notícia? Além do odor, a doença não tem outro efeito visível sobre o corpo, além do psicológico, e o odor pode ser controlado com uma dieta de baixa proteína que limita o consumo de colina, um aminoácido (embora tenha havido casos em que não deu certo).

Fato interessante: Na peça de William Shakespeare, “A Tempestade”, um de seus personagens, Caliban, o morador socialmente rejeitado da ilha, apresentava sintomas da “síndrome do odor de peixe”, como evidenciado pelas seguintes linhas: “O que temos aqui? Um homem ou um peixe? Morto ou vivo? Ele cheira como um peixe, um cheiro de um peixe muito antigo e…”. Isso pode sugerir que a doença era conhecida na época. Na realidade, o primeiro caso registrado de Trimethylaminuria na literatura médica aconteceu na década de 1970.