Regina Navarro Lins discute a importância do sexo para a saúde física e mental
Norma chegou ao meu consultório bastante agitada. “Tenho 48 anos, sou separada há 15 e já me esqueci de quando foi a última vez que fiz sexo. Acho ótimo sair com as minhas amigas; vamos ao cinema, teatro, viajamos, fazemos almoços…mas isso não basta. O que eu faço com o meu tesão? As mulheres que conheço reclamam da mesma coisa. Uma chamou um garoto de programa para ir à casa dela. Mas eu tenho medo. Sei lá se é um ladrão ou mesmo um assassino. Outro dia eu estava pensando: se existisse um bordel para as mulheres fazerem sexo em segurança, seria tão bom…”
O sexo sempre teve destaque na história da humanidade. Dependendo da época e do lugar, foi glorificado como símbolo de fertilidade e riqueza ou condenado como pecado. A condenação do sexo surgiu com o patriarcado há cinco mil anos. No início, restringia-se às mulheres, para dar ao homem a certeza da paternidade, mas com o cristianismo a repressão sexual generalizou-se.
A partir das décadas de 1960/70 a moral sexual sofreu grandes transformações, mas o sexo continua sendo um problema complicado e difícil. Muitas pessoas dedicam um tempo enorme de suas vidas às fantasias, desejos, temores, vergonhas e culpas sexuais. Entretanto, estudos científicos comprovam cada vez mais a importância do sexo para a saúde física e mental.
Carmita Abdo, médica e coordenadora do Prosex (Projeto de Sexualidade do Hospital das Clínicas de São Paulo), afirma que as pessoas que têm relações sexuais com regularidade conseguem equilibrar seus hormônios e estimular suas potencialidades. Além de aumentar a autoestima e o ânimo para trabalhar e para enfrentar os problemas do dia-dia.
Um estudo americano afirma que ter relações sexuais duas vezes por semana ajuda a diminuir a incidência de diabetes e a reduzir a tensão arterial. O “American Journal of Cardiology” garante que o sexo ajuda a proteger o coração. Pesquisas realizadas pela Universidade de Nova Iorque mostram que o sexo pode melhorar o sistema imunológico, suprimir a dor e reduzir a enxaqueca. Segundo outro estudo americano recente, pessoas que praticam sexo com frequência vivem mais e correm menos risco de desenvolver câncer.
Resultados semelhantes aos dos Estados Unidos foram encontrados em uma série de estudos realizados na Inglaterra, Suécia, França e Alemanha. Até a própria Organização Mundial da Saúde (OMS) dá destaque ao tema, colocando a atividade sexual como um dos índices que medem o nível de qualidade de vida.
Diante de todos esses dados, observamos um paradoxo. Um número enorme de pessoas não faz sexo. Elas desejam muito, mas não têm com quem. Se levarmos a sério todos os estudos científicos, e acredito que devemos levar, só podemos concluir que estamos diante de um caso de saúde pública. O Ministério da Saúde deveria se pronunciar. Ou será que estou enganada?
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Regina Navarro Lins
conselheiro said:
Amigo anónimo,
O teu caso tornou-se delicado porque acredito que a tua doença desenvolveu-se antes de teres sexo com frequência, tal como outras doenças que se não prevenirmos teremos de aceita-las para o resto de nossas vidas. continua a levar a vida da melhor forma, mas vota e meia tira uma quequinha das leves.
Quanto a nós vamos praticar regularmente para não nos condicionarmos. 1 Love
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Anónimo said:
É mxmo algo importante e seria bom se o pessoal colocasse isso na mente e praticava mais sexo…good job
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Anónimo said:
Li o artigo acima e estou de pleno acordo, mas eu discordo um pouco sobre o coração. No meu caso que tenho sérios problemas de coração, em uma de minhas tentativas, isto há mais de oito anos, eu senti uma dorzinha no coração, então não continuei e estou há há mais de oito anos fazendo abstinência de sexo. Há momentos em que até chego me desesperar de tanto tesão e segundo opiniões de alguns cardiologistas, o sexo com outras parceiras prejudica mais os problemas cardíacos.
Gostaria de saber a opinião da iluste cardiologista a este respeito, porque com minha esposa não há mais nenhuma chance.
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